Reflexões

MINHA VISÃO DA OBRA LOGOSÓFICA

 Preliminarmente,

Todos sabem que cada estudante de Logosofia tem uma interpretação com relação aos ensinamentos e experiências sobre a obra logosófica. Cabe esclarecer, outrossim, que tudo o que escrever doravante será  minha visão particular a respeito. Minha intenção é falar sobre tudo o que vi acontecer na obra logosófica, inclusive sua história.  O importante é falar sobre algumas dessas experiências que foram fundamentais para mim, em diversas ocasiões de minha vida.

 01 – COMO CONHECI A LOGOSOFIA

Como a maioria das pessoas, antigamente eu era religioso. Foram conceitos que haviam sido introduzidos em minha vida quando tinha meus oito anos de idade enquanto morava na casa da minha tia para estudar, na cidade de Lins, interior de São Paulo. Esse trabalho foi realizado pela minha prima, Anne, e os objetivos eram me levar a acreditar nos mandamentos das grandes crenças.

Eu era uma criança e obviamente aceitei aqueles conceitos como fórmulas para que, quando morresse, tivesse como destino o que chamavam de paraíso, se eu fosse bom. E iria para o inferno, se eu fosse ruim. Percebia, desde aquela época, que havia muitas regras, mas, éramos obrigados a segui-las, pois eram questões consideradas indiscutíveis.

Pessoas buscam as crenças porque acreditam que estão fazendo o bem, mas elas se baseiam nas palavras dos homens que se julgam profetas e não nas leis universais criadas por Deus. Um dos grandes problemas do mundo atual está nas mentes dos homens que seguem as crenças sem raciocinar.

Alguns meses depois, durante as férias da escola, voltei para o sítio onde morava no interior da cidade de Marília. Meu pai, um homem bastante sábio, disse-me que seguir cegamente as regras das crenças não era considerado algo ideal, pois ditavam muitas normas que precisávamos rever.

Senti-me mal quando ouvi aquilo, houve um conflito dentro de mim e concluí que ele estava totalmente enganado, porém fiquei quieto. Sabia que era um homem de muita visão, mas, conforme meu entendimento, ele havia se equivocado sobre aquele assunto, e eu achei que mudaria seu ponto de vista com o passar dos tempos. Isso demonstrava a força das crenças dentro de mim, que estavam fazendo com que uma criança de oito anos contestasse a opinião do pai, embora silenciosamente.

Morávamos no interior de Marília e, algum tempo depois, mudamos para a cidade, e continuei seguindo as regras das crenças. Ficava imaginando como seria esse paraíso do qual nos falavam e, evidentemente, pensava em várias possibilidades, inclusive muitas delas eram interessantes. Os anos se passaram e a força das crenças foi se fortalecendo dentro de mim,  embora não fosse ortodoxo.

Aos 11 anos de idade comecei a trabalhar no campo com meu pai e meus irmãos, no interior da cidade de Assaí, no estado do Paraná. Posteriormente, mais ou menos aos 15 anos de idade, morávamos próximos à cidade de Assaí, e três anos depois passamos a morar na própria cidade.

Naquela época, eu continuava a frequentar aquelas instituições, porém muitas dúvidas existiram, entretanto eu achava que não adiantava contestá-las.

Muitos afirmavam que os mandamentos das crenças não deveriam ser questionados pelos seres comuns e eu me calava, embora não ficasse convencido a respeito. Os questionamentos sempre existiram.

Aos 19 anos mudei-me para a cidade de Juiz de Fora para estudar Laticínios na escola Cândido Tostes. Nessa ocasião, conheci um rapaz chamado Rafael, o qual considerava brilhante e genial.

Conversávamos muito sobre variados assuntos e, certa vez, ele perguntou-me o que eu achava da regra das crenças que afirmava que deveríamos temer a Deus. Eu prontamente lhe respondi que não tinha pensado nisso. Então ele me perguntou:

– Você não acha isso estranho? Deveríamos amar, e não temer a Deus.

– Mas como amar um ser do qual temos medo? – questionei.

– E por que isso acontece?

– Não sei – respondi.

– Isso acontece porque você pouco sabe a respeito de Deus, dessa forma, tem medo Dele. Não devemos temer, mas sim amar a Deus. Este é um grande segredo: é conhecendo que se ama alguém – afirmou.

Aquelas perguntas e discussões que se seguiram incomodaram-me muito e comecei a questionar as regras das crenças mais intensamente.

Posteriormente, fui me tornando cada vez mais amigo de Rafael, e ele me contou que estudava uma ciência diferente de todas as demais, denominada Logosofia. Ao manifestar minhas inquietudes com relação àquele estudo, ele tentava me explicar, embora eu tenha entendido pouca coisa na época. Como se vê, muitas dúvidas surgiram, deixando-me muito inquieto.

– Você sabe a diferença entre crer e saber? Crer é acreditar em algo sem comprovar sua veracidade, quer dizer, aquilo que ouvir pode ser verdade, mas pode ser também um grave equívoco. No entanto, saber é outra coisa totalmente diferente, pois Deus nos outorgou todas as condições para entendermos e comprovarmos, por nossa conta, o lado real das coisas. Neste caso, atua aquilo que denominamos consciência – disse Rafael.

E continuou:

– Quem crê está desorientado. Todas as crenças são baseadas  nas palavras dos homens, por isso são altamente perigosas, pois efetivamente não estão fundamentadas nas palavras de Deus. São produtos dos próprios homens.

Fiquei observando a atuação de Rafael na época em que eu colaborava como Secretário de Publicidade no Diretório Central de Estudantes de Juiz de Fora. O DCE representava os Diretórios Acadêmicos de todas as faculdades daquela cidade, chamada de “Manchester Mineira” devido ao seu elevado posicionamento cultural, artístico e também ao pioneirismo na industrialização.

Para desenvolver o DCE foram eleitos vários universitários de Juiz de Fora, cabendo-me fazer a publicidade das atividades do setor porque eu estava em contato permanente com todos os universitários da região. Instalou-se num canto daquela sobreloja do DCE o chamado Parlamento, onde os representantes de cada faculdade se reuniam aos sábados para discutirem os problemas dos estudantes universitários daquela importante cidade de Juiz de Fora.

Rafael atuava naquele parlamento e reparávamos que para ele não existia o que chamávamos de grupo da “situação” e grupo da “oposição”. Ele só aprovava as resoluções importantes, o que me chamou muito a atenção.

Lembro-me que estivemos em um Congresso Estadual de Estudantes que houve em Itajubá, e muitos representantes dos universitários de Minas Gerais, escolhidos por votação, se reuniriam com a intenção de analisar os problemas universitários ou encaminhar seus pontos de vista.

Foi um congresso muito importante para aqueles estudantes. Pertencíamos à “situação”, mas Rafael dizia que devíamos julgar as questões pelo que havia de verdade nelas, de forma imparcial e não por opção de um partido. Se a questão fosse positiva, ele a apoiaria independente do partido, mas se fosse negativa a refutaria, mesmo se fosse da “situação”.

DAQUELE PINTOR E SUAS IGREJAS

Na viagem para irmos ao Congresso Estadual de Estudantes em Itajubá, passamos em Belo Horizonte e visitamos o tio de Rafael, um famoso pintor naquela localidade. Depois de cumprimentarmos seu tio animadamente, fomos a uma sala para ver os quadros dele, que eram muito bonitos, e ficamos observando por algum tempo os que estavam expostos. Os dois conversavam muito, pois eram grandes amigos e entendiam bastante sobre pintura.

Numa certa hora, Rafael perguntou a ele por que, nos últimos tempos, em todos os seus quadros havia uma igreja, mesmo sabendo das ressalvas sobre as questões das crenças.

 Seu tio o olhou, pensou um pouco, sorriu, e respondeu que, apesar de ele e sua esposa serem logósofos, entendia que as igrejas representavam o melhor que o povo sentia sobre Deus, e eram uma forma para que o homem entrasse em contato com Ele.

Ele observava que as torres eram altas, possuíam crucifixos, e simbolizavam os braços dos homens tentando alcançar e falar com Deus, principalmente quando estavam atravessando muitas dificuldades. Era como se as torres fossem os braços dos homens tentando um contato com o Criador. Nas misérias dos seres humanos aquilo era algo essencial, não poderíamos deixar de considerar seu valor.

 Afirmou ainda que não queria tirar as igrejas de seus quadros porque aquilo ia contra sua forma de pensar. Aquelas representações eram essenciais para aquele povo.

Desse modo, após ouvir o belo relato de seu tio, meu amigo respondeu que provavelmente ele teria razão. Contudo, afirmou que ele próprio valorizava muito as belas construções e obras que a igreja produziu através dos séculos como, por exemplo, as músicas, as esculturas, as pinturas, a arquitetura, enfim, todo o conjunto que faz parte da nossa cultura.

 Fiquei impressionado com aquela compreensão, pois eu pensava da mesma forma.

02 – VISITA DE C. B. GONZÁLEZ PECOTCHE AO BRASIL

Em setembro de 1959, quando eu tinha meus 23 anos de idade, morava na cidade de São Paulo e havia sido aprovado para trabalhar na Ishibras, que ficava no Rio de Janeiro. Esta empresa veio do Japão e seu objetivo no Brasil era abrir um grande estaleiro de construção naval. O ingresso naquela empresa foi algo de admirável porque a base do trabalho já havia sido planejada no Japão.

Eu trabalhava como técnico de laticínios chefiando a fábrica de manteiga da empresa Leite Paulista, provavelmente a segunda maior empresa de laticínios do Estado de São Paulo. A vinda ao Rio de Janeiro representava de certo modo um grande passo em minha vida, pois significava que estaria ingressando em uma empresa multinacional japonesa. Ao chegar ao Rio de Janeiro fui à Fundação Logosófica, que ficava na Rua do Ouvidor, no centro da cidade, e encontrei um grande número de membros. Todos me receberam bem.

Estava prevista para aqueles dias a visita do criador da Logosofia, Carlos Bernardo González Pecotche, também chamado de Maestro Raumsol, que viria de Buenos Aires, Argentina. Ele costumava chamar seus alunos de discípulos, como era costume em seu país.

Quando aqueles membros confirmaram que ele viria ao Brasil para ficar alguns dias, a ideia que se formou dentro de mim foi a de que um ser humano muito enérgico viria para testar o conhecimento de seus estudantes.

Quer dizer, nós tínhamos de estar preparados para que o nosso professor nos inquirisse e verificasse se estávamos aprendendo seus ensinamentos.

Hoje percebo que estava equivocado naquela ocasião. Por pior que estivéssemos, esse grande professor teria de vir com a alma aberta e não com a intenção de incriminar-nos, independentemente de nossa condição de estudantes.

O que perguntar a ele? Saberia o que perguntar? Estava preparado para isso? – eram as minhas inquietudes.

Aquela visita ocorreria alguns dias após transferir-me para o Rio de Janeiro. Até então eu vivia em São Paulo, havia ingressado na Fundação em 21 de maio de 1958 e tinha, portanto, pouco mais de um ano como estudante, sem maiores conhecimentos sobre o criador da Logosofia.

No dia em que Pecotche chegou, trabalhei o dia inteiro na Ishibras, onde estava iniciando minha carreira aqui no Rio de Janeiro. Porém, por alguma razão, da qual lamentei mais tarde, fiquei preso nas conversas com o assistente do setor administrativo, que insistia em me segurar. Eu lhe dizia que precisava sair e ele continuava puxando conversa para questões banais.

Desse modo, saí da empresa faltando quinze minutos para as dezenove horas, horário em que Raumsol iniciaria a palestra naquela noite. Saí correndo e cheguei à Fundação cinco minutos antes das dezenove horas, pois trabalhava perto do local.

Subi no elevador junto com outros colegas e, ao chegar ao 4º andar, gentilmente dei passagem aos estudantes que subiram junto comigo para ingressarem naquela filial. Quando ia entrar na sala, o condiscípulo que estava na portaria impediu-me de ingressar, olhando o seu relógio no pulso:

 – Olha, González Pecotche havia solicitado que às dezenove horas em ponto impedisse qualquer pessoa de ingressar naquele ambiente. Lamento, mas já são dezenove horas.

 – Como? Você viu que cheguei aqui antes das 19:00 horas com os outros estudantes e por questão de educação permiti que eles ingressassem na minha frente, e você quer agora me impedir de entrar, de forma que realmente não estou conseguindo entendê-lo. Cheguei aqui na entrada antes das 19:00 horas, como você viu. Podia ter entrado. No entanto, você está me proibindo de ingressar.

– Foram as ordens de González Pecotche – respondeu-me aquele estudante.

Levei um enorme susto. Não, aquele rapaz não iria me impedir de assistir a palestra do próprio criador da Logosofia, que chegara da Argentina naquele dia! Havia esperado por isso, pensei.

 No entanto, se fosse uma ordem de González Pecotche, teria de encontrar uma solução.

Naquela hora, ia passando dentro da sala, em frente à porta de entrada, o Gabriel de Oliveira que era o reitor da Fundação Logosófica de São Paulo e, muito solícito, viu que fui impedido de ingressar. Disse-me para aguardar, pois iria falar com o próprio González Pecotche. Assim, fiquei aguardando ansiosamente que ele retornasse.

 –  É lógico que conseguiria autorização para eu ingressar – imaginei.

Esperei que tudo desse certo. No entanto, depois de alguns minutos, ele voltou dizendo que lamentava, mas González Pecotche realmente havia dado essa ordem. A conversa que os dois tiveram teria sido a seguinte, segundo fui informado:

 – Ora, eu não conheço esse estudante pessoalmente, mas se você, que é oficial do Exército, der uma instrução ao seu soldado e, depois, ao verificar que ele não a cumpriu, como você atuaria? – questionou González Pecotche.

– Vou pensar no assunto – respondeu Gabriel.

Fiquei petrificado, mas González Pecotche estava dando um exemplo de como deve agir com seus discípulos.

– Não se preocupe, Gabriel, eu entendo – respondi.

Despedi-me dele e saí de lá. Por que será que isso terá acontecido? Por que seria eu o condenado daquela situação? Foi o que pensei naquele momento enquanto descia pelas escadas.

Não conseguia entender. Mas sabia que González Pecotche não me conhecia e havia dado uma ordem para que todos cumprissem. Não havia, portanto, do que reclamar dele naquele momento.

De repente, recordei-me que havia uma área de ventilação no prédio, que ficava atrás da janela da sala do reitor. Pensei então que poderia subir novamente ao quarto andar para vê-lo através dos vidros da janela da Reitoria, pois se não fizesse isso agora, aquela oportunidade desapareceria, porque logo González Pecotche retornaria à Argentina.

Não sabia se conseguiria vê-lo, pois se ele não fosse à sala da Reitoria isso seria impossível, mas decidi tentar assim mesmo.

Subi, consegui sem muito esforço abrir aquela porta, fiquei esperando alguns segundos, até que González Pecotche adentrou naquela sala e então pude vê-lo. Era um senhor extremamente digno, encantador, alto, forte, extremamente carismático, com o semblante de pessoa muito inteligente e indicava que estava compenetrado, mas bastante satisfeito.

Chegou ali, observou a mesa, fez alguns comentários alegres e sentou-se confortavelmente. Uma discípula mais antiga lhe perguntou se tomaria um chá ou um café e, de forma simpática, ele aceitou um café. Era assim a pessoa a quem chamávamos de Maestro Raumsol, o criador da Logosofia, pensei eu. Um ser humano normal, altamente intelectual, porém muito digno e bom. As dúvidas que eu tinha sobre ele desapareceram naquele momento.

Fiquei mais alguns instantes ali, observando toda a sua maneira de ser. Na verdade, estava encantado com ele. Era, sem dúvida, um ser humano superior, em todos os aspectos. Entendi que não havia sentimentos hostis, em qualquer sentido.

De repente, senti um grande prazer em conhecer o Maestro Raumsol, e vê-lo em toda a sua grandiosidade. Compreendi que ele era, sem dúvida, um grande sábio, um gênio, um profundo conhecedor do ser humano.

Subitamente senti-me como se fosse um grande amigo dele. De outro lado, constatei que me senti feliz com isso. Achando que havia realizado uma grande missão, resolvi ir embora dali depois de algum tempo.

Desci novamente pelas escadas e fiquei tentando entender o que tinha acontecido. Não conseguia compreender por que havia sido impedido de ingressar. Talvez, devido à atitude daquele discípulo que estava controlando o ingresso naquela sala. Pouco tempo depois soube que aquele rapaz havia saído da obra, por alguma razão que não consegui entender.

Tentei não deixar que aquela situação influenciasse a minha conduta com relação à Logosofia, pois tinha sido uma questão momentânea.

Foi nessa hora que fiz algumas perguntas a mim mesmo: inicialmente, se realmente chegou ao conhecimento de González Pecotche que eu havia chegado antes das 19:00 horas e, por uma questão de educação, deixei que os discípulos que subiram no elevador comigo entrassem na minha frente. Desse modo fui barrado pelo estudante que controlava a entrada na sala, porque dizia que o relógio já marcava 19:00 horas. Acho que Pecotche não soube a respeito.

Ao indagar se González Pecotche me conhecia, respondi que não, por isso não tinha nada contra mim. Perguntei também se o que ele vem ensinando teoricamente e deveria ser experimentado, daria resultados mesmo sem assistir suas palestras futuras aqui, e respondi que sim, pois se concluísse que não daria, não ficaria na obra.

Inquiri se os ensinamentos que ele apresentava  através da obra Logosófica poderiam ser descobertos por qualquer outra pessoa, e concluí que sim. Inclusive, o Maestro sempre dizia que não devíamos crer em suas palavras porque isso transformaria a Logosofia numa crença, insistindo que tudo teria de ser experimentado pelos seus discípulos.

Questionei ainda se González Pecotche sabia que seus ensinamentos estavam baseados nas leis universais criadas por Deus e concluí positivamente.

Seria importante conhecer o Maestro Raumsol, sim, porém não era imprescindível para que eu continuasse realizando meu processo de evolução consciente.

Penso que aquele incidente me ajudou a ajeitar a minha vida, no sentido de levá-la ao lado superior, transcendente.

Enquanto pensava sobre tudo o que havia ocorrido, por incrível que pareça, vi Rafael saindo do elevador, pois tinha vindo de Juiz de Fora para aquela palestra e por isso chegou com algum atraso. Foi uma alegria reencontrá-lo, porque já não nos víamos há alguns anos.

Conversamos muito e resolvemos andar pelas ruas para observamos os prédios antigos, que eram grandes atrações para aquele rapaz de Juiz de Fora, apreciador de arquitetura antiga.

Alguns anos depois, González Pecotche falecia, com profundo pesar para todos nós.

                                                       

VISÃO DO AUTOR

UM PROBLEMA BÁSICO

DEUS CRIOU LIVRE O SER HUMANO, MOSTRANDO-LHE OS DITAMES DAS LEIS  UNIVERSAIS – REINO HOMINAL.

Entendo que Deus, ao criar o ser humano, o fez livre, para escolher os seus passos. Conjeturo que Deus  havia criado inicialmente os animais irracionais, mas concluído que os mesmos teriam que viver de acordo com as leis do instinto. Em outras palavras, os animais irracionais viviam dentro dos preceitos programados pelo Criador. Porém, quanto ao ser humano, Ele achou que este deveria escolher os seus passos por conta própria, sabendo-se que teria as leis universais para regular os seus atos. Se ele escolhesse acertadamente, teria grandes benefícios. Se atuasse de forma equivocada, receberia as penas. Em todas as demais áreas, Deus atuaria de forma presente. Por isso, se o mundo de hoje apresenta tantos problemas, tudo é resultado da atuação equivocada dos seres humanos.

POR QUE  EXISTEM TANTOS PROBLEMAS NO MUNDO DE HOJE ?

Nós sabemos como temos de resolvê-los. O problema está nas crenças dos seres humanos e na forma indômita do instinto deles. Por isso digo ousadamente: os dramas de 11 de Setembro de 2001, por exemplo, não foram provocados pelos terroristas, mas pelos detentores de poderes que tinham interesse em vender e aumentar, basicamente, tudo o que se referisse às guerras, ou seja, como aviões superpoderosos, navios nucleares, bombas atômicas, armas químicas e biológicas, grandes redes de espiões, grandes exércitos, computadores de alta tecnologia, porque, de outro lado, se isso não acontecesse, teriam que demitir milhões de pessoas, inclusive eles mesmos seriam demitidos, representando um drama inaceitável. E esta é uma situação que ninguém consegue aceitar porque fere a própria sobrevivência.

Lyoji Okada

“O instinto foi criado por Deus em todo ser humano para ele se defender dos grandes e graves problemas que podem acontecer em sua vida aqui nesta terra. O instinto de ser humano aparece subitamente, sem que ele tome conhecimento a respeito, não o deixando raciocinar e torna-o violento e agressivo, agigantando o tamanho do perigo que pressupõe quando aparece.” Lyoji Okada

“Deus existe e está em toda a nossa vida, mas determinou que a escolha do que queremos ser na nossa vida irá depender de cada um de nós, graças à liberdade que Ele nos outorgou.” Lyoji Okada

“Tudo aquilo que o homem faz com base nas leis universais deve ser permanente. Porém tudo aquilo que ele faz não condicionado às leis universais tem duração determinada.” Lyoji Okada